Há um corpo menos escravo por aí
que contesta o embuste do a-braço
que se torna no busto-perna-braço
que adentra o corpo que habita o traço e que se quer
mais alma
Há um corpabraço
desintoxicado dos barbitúricos claustrofóbicos
absolvido dessa parte material e almofadado de eridescências
salvo de indecências platónicas e de nascimentos
apocalípticos
livre de anatomias agrilhoadas em rimas canónicas
ampliado conicamente pela mera vontade poética da engenharia
dos materiais metorgânicos
Há um corpamplexo azul à solta
que se despe dos corpos inferiores
que afoga o afago no pensamento
como um ovo celeste por chocar
que desliza tela afora pela via dos membros superiores
incomensuráveis
do Conselho Universal do xifoíde supra-astral
É a elegia à metáfora da fusão
a liberdade de Ayur
Na paleta das sinergias textuais
fora a fecundar que se fizera justiça ao genoma
e só assim puderam salvar-se uns aos outros
e viver felizes aqui mesmo
Tudo porque eclodiu esse corpo com braços que esticam como
frases que não se conseguem terminar
suzamna hezequiel